Horácio tinha a preocupação de, por um lado não deixar desaparecer a tradição grega e, por outro controlar o fenómeno literário. É eleito como sendo um herdeiro da tradição grega, fala como poeta e dá conselhos a quem tem a pretensão de escrever, afastando-se de Aristóteles que, na Poética, fala unicamente da prática dos poetas. Encara a poesia como uma história sagrada, como sendo uma manifestação superior que deve ser respeitada.
Horácio pega nos princípios da tradição grega, e repensa nos conceitos de mimésis, verosimilhança e unidade. A partir do conceito do género, faz uma codificação rígida do literário.
Enquanto para Aristóteles a poesia implica um determinado uso da linguagem, onde há mimésis e, existe uma representação da realidade que produz um efeito emotivo, para Horácio a poesia é imitação, e imitação não corresponde exactamente ao conceito de mimésis. É sempre feita uma adaptação de temas utilizados pelos antepassados. Assim o poeta renova os conceitos ainda que siga uma linha de continuidade. Para esta renovação o poeta tem de ser necessariamente um homem culto e conhecedor da cultura actual e passada. Este tem também de ter a capacidade de convencer e emocionar o publico, ainda que não o arrebata.
Como modelo terá, os autores do passado e o orador para que possa ter um bom conhecimento da funcionalidade da língua. A poesia será elevadora de tudo e as suas finalidades passam por ensinar e agradar.
Na imitação (imitatio), a representação da natureza e das acções humanas, é feita como os seus antepassados. A própria representação não tem relação apenas com o exterior, mas uma relação intra-literária, passa pelo cânone. A sua base vai ser o decorum. O Decorum implica que haja uma adequação ao contexto, personagens, audiências, convivência de regras sociais internas e externas.
Para Horácio, cada texto pertence a um determinado género, e cada género vai pertencer a um tema, um tipo de personagens, um tipo de linguagem e um metro específico. Assim criam-se três pontos cruciais:
O Orador que tem de ser uma espécie de sociólogo, tem de conhecer o meio social a que se dirige, de modo a que a comunicação se exerça;
O Poeta que é como que um regenerador linguístico. Um conhecedor nato do uso quotidiano da linguagem, de forma a criar neologismos e tendo a particularidade de trazer de volta termos que tenham caído em desuso. Este não deve esperar o reconhecimento imediato do público.
A Poesia que sendo sinonima de nobreza tem uma função sagrada.
O Poema deve ser coerente, e com uma harmonia total dos seus elementos.
Desta forma, Horácio na Arte Poética, mostra que é impossível fazer um tratado sobre poesia, mas como acima referido considera essencial a existência de uma teoria de géneros. A Arte Poética é o primeiro texto teórico que fala não só da poesia, mas também do poeta. Há uma chamada de atenção para o facto de que a dinâmica de discurso e linguagem é essencial, mas que para além de uma técnica há algo que é inato. É essa qualidade inata que cria a relação da palavra com o público. Assim a obra é vista como um todo, é sinónima de dinamismo.
Horácio pega nos princípios da tradição grega, e repensa nos conceitos de mimésis, verosimilhança e unidade. A partir do conceito do género, faz uma codificação rígida do literário.
Enquanto para Aristóteles a poesia implica um determinado uso da linguagem, onde há mimésis e, existe uma representação da realidade que produz um efeito emotivo, para Horácio a poesia é imitação, e imitação não corresponde exactamente ao conceito de mimésis. É sempre feita uma adaptação de temas utilizados pelos antepassados. Assim o poeta renova os conceitos ainda que siga uma linha de continuidade. Para esta renovação o poeta tem de ser necessariamente um homem culto e conhecedor da cultura actual e passada. Este tem também de ter a capacidade de convencer e emocionar o publico, ainda que não o arrebata.
Como modelo terá, os autores do passado e o orador para que possa ter um bom conhecimento da funcionalidade da língua. A poesia será elevadora de tudo e as suas finalidades passam por ensinar e agradar.
Na imitação (imitatio), a representação da natureza e das acções humanas, é feita como os seus antepassados. A própria representação não tem relação apenas com o exterior, mas uma relação intra-literária, passa pelo cânone. A sua base vai ser o decorum. O Decorum implica que haja uma adequação ao contexto, personagens, audiências, convivência de regras sociais internas e externas.
Para Horácio, cada texto pertence a um determinado género, e cada género vai pertencer a um tema, um tipo de personagens, um tipo de linguagem e um metro específico. Assim criam-se três pontos cruciais:
O Orador que tem de ser uma espécie de sociólogo, tem de conhecer o meio social a que se dirige, de modo a que a comunicação se exerça;
O Poeta que é como que um regenerador linguístico. Um conhecedor nato do uso quotidiano da linguagem, de forma a criar neologismos e tendo a particularidade de trazer de volta termos que tenham caído em desuso. Este não deve esperar o reconhecimento imediato do público.
A Poesia que sendo sinonima de nobreza tem uma função sagrada.
O Poema deve ser coerente, e com uma harmonia total dos seus elementos.
Desta forma, Horácio na Arte Poética, mostra que é impossível fazer um tratado sobre poesia, mas como acima referido considera essencial a existência de uma teoria de géneros. A Arte Poética é o primeiro texto teórico que fala não só da poesia, mas também do poeta. Há uma chamada de atenção para o facto de que a dinâmica de discurso e linguagem é essencial, mas que para além de uma técnica há algo que é inato. É essa qualidade inata que cria a relação da palavra com o público. Assim a obra é vista como um todo, é sinónima de dinamismo.
2 comentários:
Está muito bom! mas você assim não pega nada cara
Abração!
Ótimo!!
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