A Poética de Aristóteles é uma obra que é tida como uma constante sistematização do que é o fenómeno literário. Desta forma é o primeiro estudo feito sobre a essência do que é literatura.
Aristóteles ao definir a poesia estuda a sua dimensão empírica e faz uma reflexão sobre a existência dos géneros literários, a sua caracterização e composição, para provar que a poesia é o resultado da mimésis ou, que a poesia é mimésis.
Toda a Poética se centra essencialmente na mimésis. A mimésis é a imitação das acções dos homens e da natureza. Esta imitação não tem como pretensão ser uma cópia exacta do real, o poeta faz apenas um uso da mesma para contar, não o que aconteceu na realidade, mas o que poderia acontecer. Assim conseguimos fazer uma distinção entre o poeta e o historiador, onde o historiador limita-se a contar unicamente o que realmente aconteceu particularmente e não universalmente ao passo que o poeta cria um mundo totalmente novo, narra o verosímil. Percebe-se assim que o poeta é um criador de mitos. Através da verosimilhança, ele cria a história que conta, mesmo que tenha como base um mito tradicional, uma história já existente. Imaginando personagens, caracteres, episódios e conflitos, o poeta cria através da imitação o mito, fazendo um crescendo e encadeamento de elementos, bem estruturados e organizados. Dois bons exemplos, na minha opinião, são: Hamlet de W. Shakespeare, que é segundo alguns historiadores, uma peça de teatro baseada num conto popular inglês da época, onde Shakespeare adopta um mito já existente para criar uma nova história. E já mais recentemente o filme RAN – Os Senhores da Guerra de Akira Kurosawa, que é uma história totalmente nova e adoptada para a realidade Japonesa, toda inspirada no Rei Lear de W. Shakespeare.
A imitação resulta de três componentes fundamentais: o meio por que se imita, no meio esta inserido o ritmo, melodia e discurso; os objectos que se imitam; e o modo como se imita. Do modo como se imita resultam dois géneros, o narrativo, que é a narração de acontecimentos na terceira pessoa ou epopeia, e o dramático, que tanto pode ser tragédia como comédia em que os actores representam. O género eleito por Aristóteles é a tragédia, e é visível na sua obra a dedicação que é feita pelas inúmeras passagens em que eleva a sua grandeza, assumindo-a como sendo o género superior.
O drama mostrava a essência do ser humano, focava o seu lado forte e o seu lado fraco, ao ponto do espectador se identificar com o que via.
Já na tragédia, o espectador entrava em catarse, ou seja, purificava as suas emoções e paixões excessivas, pelo terror visível no espectáculo. Na comédia o mesmo acontecia mas através do riso. Este efeito purificador ou catártico era um ponto positivo assente, pois os seus efeitos provocavam um bem-estar, que iriam ser notórios na interacção social.Segundo Aristóteles, toda a poesia é feita através da imitação rítmica e linguística, e é essa mesma linguagem carregada de tanto ênfase, que traz à tragédia a sua superioridade, pois faz imitações de acções de carácter elevado e de homens nobres. É a organização dos seus elementos e da sua linguagem arrojada e superior que dão origem ao mito, suscitando no espectador a piedade e o terror “a alma da tragédia”. Qual o propósito do marketing nos dias de hoje senão suscitar o interesse do espectador num determinado produto. A palavra, a força e a forma como é empregue é fundamental, e a sua elocução permite toda a espécie de vocábulos, metáforas, de maneira a serem elevadas a um nível fora do comum. O poeta transforma a linguagem corrente, numa nova e completamente renovada historia.
Aristóteles ao definir a poesia estuda a sua dimensão empírica e faz uma reflexão sobre a existência dos géneros literários, a sua caracterização e composição, para provar que a poesia é o resultado da mimésis ou, que a poesia é mimésis.
Toda a Poética se centra essencialmente na mimésis. A mimésis é a imitação das acções dos homens e da natureza. Esta imitação não tem como pretensão ser uma cópia exacta do real, o poeta faz apenas um uso da mesma para contar, não o que aconteceu na realidade, mas o que poderia acontecer. Assim conseguimos fazer uma distinção entre o poeta e o historiador, onde o historiador limita-se a contar unicamente o que realmente aconteceu particularmente e não universalmente ao passo que o poeta cria um mundo totalmente novo, narra o verosímil. Percebe-se assim que o poeta é um criador de mitos. Através da verosimilhança, ele cria a história que conta, mesmo que tenha como base um mito tradicional, uma história já existente. Imaginando personagens, caracteres, episódios e conflitos, o poeta cria através da imitação o mito, fazendo um crescendo e encadeamento de elementos, bem estruturados e organizados. Dois bons exemplos, na minha opinião, são: Hamlet de W. Shakespeare, que é segundo alguns historiadores, uma peça de teatro baseada num conto popular inglês da época, onde Shakespeare adopta um mito já existente para criar uma nova história. E já mais recentemente o filme RAN – Os Senhores da Guerra de Akira Kurosawa, que é uma história totalmente nova e adoptada para a realidade Japonesa, toda inspirada no Rei Lear de W. Shakespeare.
A imitação resulta de três componentes fundamentais: o meio por que se imita, no meio esta inserido o ritmo, melodia e discurso; os objectos que se imitam; e o modo como se imita. Do modo como se imita resultam dois géneros, o narrativo, que é a narração de acontecimentos na terceira pessoa ou epopeia, e o dramático, que tanto pode ser tragédia como comédia em que os actores representam. O género eleito por Aristóteles é a tragédia, e é visível na sua obra a dedicação que é feita pelas inúmeras passagens em que eleva a sua grandeza, assumindo-a como sendo o género superior.
O drama mostrava a essência do ser humano, focava o seu lado forte e o seu lado fraco, ao ponto do espectador se identificar com o que via.
Já na tragédia, o espectador entrava em catarse, ou seja, purificava as suas emoções e paixões excessivas, pelo terror visível no espectáculo. Na comédia o mesmo acontecia mas através do riso. Este efeito purificador ou catártico era um ponto positivo assente, pois os seus efeitos provocavam um bem-estar, que iriam ser notórios na interacção social.Segundo Aristóteles, toda a poesia é feita através da imitação rítmica e linguística, e é essa mesma linguagem carregada de tanto ênfase, que traz à tragédia a sua superioridade, pois faz imitações de acções de carácter elevado e de homens nobres. É a organização dos seus elementos e da sua linguagem arrojada e superior que dão origem ao mito, suscitando no espectador a piedade e o terror “a alma da tragédia”. Qual o propósito do marketing nos dias de hoje senão suscitar o interesse do espectador num determinado produto. A palavra, a força e a forma como é empregue é fundamental, e a sua elocução permite toda a espécie de vocábulos, metáforas, de maneira a serem elevadas a um nível fora do comum. O poeta transforma a linguagem corrente, numa nova e completamente renovada historia.
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