sábado, 31 de janeiro de 2009

Taxas e o raio que ta Parta…

Era de Progressistas, amarelo à minha volta funde-se com o vermelho. Ao fundo a chuva, lágrimas de um ser, esse mesmo que nos une e separa, quer exista ou não.
Bate a cabeça na parede, bate com força, não tenhas medo, bate, bate, vais sangrar não duvides, muito, vai doer eu sei, mas bate, exige a dor em ti, faz com que valha a pena. De tanto bater há-de furar. Um buraco…
“- A Donut please!
- Take it.
- Sorry, but I want with a hole.
- With a hole.”
Porquê com buraco?
O novo FMI, o buraco mas com outro título, FECOM Fundo Europeu de Cooperação Monetária. Senhor José Mário Branco, estamos desactualizados, uma nova letra para o FECOM por favor.
Pois é, somos uma União agora, Europeia. Para quê um fundo internacional se podemos ter o nosso único fundo, o Europeu? Mas atenção o FECOM já existe à algum tempo assim como o FMI, e afinal de contas (e o problema é este mesmo, as contas) tanta merda de fundos que ainda assim acabamos todo no cócó. Com uma particularidade, é que agora já não somos só nós Portugal, mas sim uma Europa Unida nesta Era que irá ter o titulo da mais atrasada de todas as épocas, mais negra e cinzenta que a idade média. Cambada de Inquisidores, com os FECOM, FEDER, FEI, FEOGA, FI, FIM, FMI, FMM, FPA, FPRE, FSE, FSS, FTC, todos eles que puxam os IRC e IRS, que ara fugir aos mesmos se criam os ISFLSF com todas as taxas TVC, TVH, TVM, TAEG, TBA, e muitas mais que andam por ai. Com tanta merda de siglas, com nomes e títulos para tudo e todos, onde uma camisola não é mais uma camisola porque há o pólo, a sweetshirt, a t-shirt, a longsleve, e a camisola afinal qual destas é?
Os meus país estão certos ao explicarem que tudo isto é cíclico. Onde não mais o pai e a mãe tomam conta do filho. Onde a musica deixa de ser musica para começar a ser “o som” , o barulho, e as pessoas aplaudem, gritam e pedem mais barulho, pagam para ter mais. Onde os génios, só são génios na teoria porque na prática só nos enterram cada vez mais fundo.
Meus Senhores, por favor, o que é importante de se saber é a quantidade de namorados que tem a Senhora Dona Excelentíssima Actriz, que fez a telenovela das 22.30 sobre a irmã da prima, que se apaixona pelo tio avô que está em coma, por ter dito à sua nora que rapava os pelos do peito. Ficando a saber a nora de tal atrevimento, a coitada ainda chocada com a noticia decide divorciar-me imediatamente do marido que fica desgostoso, caindo em cima do próprio pai que vai para o hospital, descobrindo lá por analises ao sangue e muitas outras que não poderei dizer por escrito, que afinal, ele mesmo não era um homem mas sim uma mulher que estava a passar por um doloroso processo de transexualidade, razão essa para não ter pelos no peito. Dai a irmã da prima do meio estar apaixonada pelo dito, pois descobre-se no 432º episódio (que era o penúltimo da primeira temporada) que a mesma era lésbica. Ora o publico decide então, tendo essa oportunidade, votar qual dos finais quer para a novela. Com uma mensagem escrita com as letras A, B ou C para um numero de custo 0.60 cêntimos mais IVA, decidem por unanimidade que os dois devem acabar juntos, ainda que o tio avô não seja um verdadeiro ele, mas sim uma ela.
Afinal a Senhora Dona Excelentíssima Actriz, não tem namorados e apenas vive sozinha com o Alfredo que é um Porquinho da Índia que lhe foi oferecido pela Senhora sua mãe. O pior é que a Senhora Actriz não faz ideia do que é ser Actor.
Aparece um escândalo imenso, numa revista cor vermelho mais clarinho do qual decidimos dar o nome de uma flor, que ela é apenas e só enteada do Produtor que querendo ver-se livre dela de sua casa, mete-a na televisão porque quando ela era criança, gostava de vestir as cuecas do pai e cantar “Depois do Adeus” do Paulo Carvalho. Tudo isto é descoberto, porque lhe é feito um questionário onde ela afirma que a Lili Caneças é uma óptima actriz e deveria ganhar o prémio revelação ainda que tenha apenas 104 anos e aparente 80, e que o seu Top 3 de filmes é sem duvida o “Spice Girls The Movie” em Nº1, “Titanic” em Nº2 e “Anaconda” em 3º.
Um lugar cinzento a que chama-mos arte, onde qualquer um é o que quiser ser, mas esse Um que aposte nas cunhas, porque o conhecimento está nas portas da morte.
Crise? Que risada. Qual crise?

João André
18:00, 31 Janeiro de 2009, Casa

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Coisa Nenhuma

Para mim COISA NENHUMA

Em 2001 gritou-se:

Crescendo num maior estilo dificilmente aprende-mos a perdoar, encaramos o erro como um fim vivendo em cima do risco dificilmente aprendemos a errar. Sabemos que temos de cumprir, sabemos que não podemos falhar, viver tremendo não aprendendo a arriscar, temendo desobedecer por ter medo de pagar. Calcando ódio e veneno deixando de ter voz para gritar, alguém que diga ódio não gera ódio, alguém que diga que não pode odiar, toda a gente tem medo de um dia ter medo de não conseguir parar de gritar.


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Entregamos os nossos destinos nas mãos de Estranhos para nos esquecermos que temos uma vida melhor para conquistar. Estranhos dominam a ordem prometendo um mundo mais justo. Estranhos são Estranhos porque têm o poder, inventam os nomes mais sonantes, as teorias mais abstractas e inacessíveis para justificar esse poder. Enquanto tal existir seja qual for a sua forma, sua bandeira, fronteira. Enquanto as nossas vidas forem propriedade de Estranhos e pertencerem a Estranhos, não viveremos nem melhor nem pior, não seremos mais felizes nem menos felizes, continuaremos pura e simplesmente a não sermos nós, continuaremos a morrer e a matar.